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Baixa aprovação de Bolsonaro têm gerado tensões no PL

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Os líderes do partido aconselharam o presidente a deixar os embates de lado e focar mais na economia em prol da reeleição.

PL sofre tensões com a baixa aprovação do presidente em pesquisas 

Após a filiação do presidente Jair Bolsonaro, o PL tem se preocupado com a queda de popularidade que o presidente da República vem enfrentando. O partido encomendou uma pesquisa para avaliar a opinião do eleitorado sobre a gestão de Bolsonaro, mas o resultado veio abaixo da expectativa. 

A pesquisa publicada na quinta-feira (27) pelo XP/Ipespe apresentou o presidente da República desponta com 64% de desaprovação, a maior desde o início do seu mandato. Na intenção de votos, ele aparece com cerca de 24%, bem atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT), que está na liderança absoluta com 44%. 

Deixar de lado negacionismo em relação à pandemia para melhorar resultados

Os líderes do partido aconselham o presidente a deixar de lado o negacionismo em relação à pandemia, de forma específica, o posicionamento contrário à vacinação infantil contra a Covid-19, dando foco no crescimento econômico. 

Mas, integrantes do Centrão, bloco de sustentação do Executivo que o PL faz parte, faz duras críticas à postura de Bolsonaro.  Segundo um deputado, a forma como o presidente está conduzindo o país, em relação à economia e à pandemia, não está correta e, ainda afirmou sobre as brigas internas que “a cada dia, cai mais um aliado”. Os principais motivos da perda de aliados são a postura de Bolsonaro diante da vacinação e as atitudes negacionistas perante a economia, que tem salvado vidas.

Dentro do partido, o clima ainda é agradável para Bolsonaro. Entretanto, há resistência por parte de alguns integrantes. 

Segundo a pesquisa interna, ocorrida no fim do ano passado, há ao menos 10% dos filiados com mandato que não aprovam o apoio ao presidente.

O deputado Lincoln Portela (MG) chegou a afirmar que a pesquisa teve como principal objetivo consultar os filiados sobre a entrada de Bolsonaro na legenda. Mas, segundo o parlamentar, os levantamentos ocorrem com frequência e buscam nada menos e nada mais do que priorizar a democracia.

O deputado também disse que antes do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), entrar no partido, foi feita uma consulta com os líderes e filiados que escolheram dar poderes totais ao presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto, para decidir sobre os termos da aliança com Bolsonaro. Mas, mesmo com algum apoio, há dissidentes. 

Mesmo com resultados abaixo das expectativas, o deputado Capitão Augusto (PL) também alega que a grande maioria dos parlamentares está com Bolsonaro e argumenta que jamais haveria unanimidade, que tal fato aconteceria em qualquer partido que fosse. 

Cedo demais para novas pesquisas sem credibilidade

O deputado Capitão Augusto ainda defendeu estar cedo demais para dar entrada em pesquisas que não possuem credibilidade. Já que, são “contaminadas” e podem inflacionar os números para os candidatos à esquerda. Apesar de não ser uma preocupação, o mesmo informa sobre a popularidade de alguns candidatos que se apresentam como um campeão absoluto. 

Mesmo com essas atitudes e atividades, o partido ainda reforça a Bolsonaro a mudança de estratégia, evitar o negacionismo e o ataque constante à vacinação infantil para uma reeleição focada na economia que tem chegado a inflações altas e afetado o poder de compra dos consumidores. 

Os aconselhamentos apesar de benéficos para a imagem do chefe do Executivo, ainda não oferecem garantias de uma “recuperação” dos eleitores perdidos, afinal as duras críticas e seu plano de governo não tem agradado não só aqueles que não eram a favor de seu eleitorado, mas também entre seus próprios eleitores. 

 

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