Economia
Arrecadação do governo – Maior resultado em 7 anos
A arrecadação superou R$ 157 bi, se tornando assim o maior resultado para o mês de novembro no período de 7 anos. A nova alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras e a alta do percentual de 12,1% na arrecadação do imposto de renda e também a contribuição social, contribuíram para essa alta.
Foi divulgado na terça feira (21) pela Receita federal que a arrecadação realizada por parte do governo federal teve o total de R$ 157,34 bilhões no mês de novembro, assim, ocorreu uma alta nominal de 12,30% e uma alta real, que ocorre após o desconto da inflação de 1,41% em relação ao mês de novembro do ano de 2020. Os números apresentados vieram acima das projeções realizadas pelo mercado. Assim, o resultado apresentado foi o maior visto desde o ano de 2014, no qual o valor havia sido de R$ 157,565 bilhões, segundo a série da receita que teve correção da inflação. Do mês de janeiro até o mês de novembro, o crescimento real descontado a inflação foi por volta de 18,13% a R$ 1,685 trilhão, sendo assim, um desempenho mais forte para esse período na série que teve início no ano de 1995.
Desempenho da coleta de impostos
As receitas que são administradas através da receita federal, que assim, englobam a coleta de impostos que é competência da união, tiveram resultados estáveis, apresentando uma elevação real de 0,42%. De acordo com o chefe do Centro de Estudos Tributários, Claudemir Malaquias, isso aconteceu pois no mês de novembro de 2020, ocorreu arrecadação de duas parcelas mensais do PIS/Cofins e da contribuição patronal, comparando a apenas uma arrecadação em novembro deste ano. Em uma coletiva da receita federal, ele afirmou que:
“Nesse mês em que arrecadou com 2 meses, compara só com um mês de arrecadação, daí a alta real baixa. Mas o desempenho foi extraordinário por isso também, mesmo assim foi um desempenho positivo. Não há visualização que a retomada perdeu força”. Logo, para ele:
“A base de comparação está elevada. Em termos reais subiu pouco, mas a arrecadação continua superando”.
A arrecadação teve desaceleração se comparar com outros meses deste ano, porém Malaquias diz que isso é um reflexo de uma melhora na base de comparação do ano anterior, quando a atividade da economia aumentou no segundo semestre.
Fatores de Influência para o resultado
Dentre os fatores de influência direta no resultado recorde que foi apresentado, o chefe do Centro de Estudos Tributários trouxe em citação a melhora na atividade econômica, sendo a crescente de 12,1% em comparação anual da arrecadação do imposto de renda e também da contribuição social, por volta dos R$ 3 bilhões, e o restabelecimento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras. No ano de 2020 foi zerada, e teve retorno no mês de outubro, mas com um valor superior comparado ao ano anterior, com a alta de R$ 1,2 bilhão.
Em uma coletiva, Sérgio Gadelha, da secretaria de política econômica trouxe afirmação que sobre a queda da taxa de desemprego em setembro, apresentando a porcentagem de 12,6%, como também os dados Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com geração acumulada de 2,4 milhões de empregos formais, trouxeram bom impacto resultado da arrecadação.
Segundo ele:
“Com a continuidade da redução das medidas de distanciamento social e fortalecimento da atividade, espera-se o retorno dos níveis da força de trabalho e da geração de emprego, em especial no setor informal. Uma maior quantidade de trabalhadores leva a mais atividade econômica”. De acordo com ele, a arrecadação ficou acima do esperado, porém dentro das projeções máximas.