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Ameaças aos servidores da Anvisa – Polícia Federal Abre Inquérito

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A polícia federal abriu um inquérito para a apuração das ameaças aos integrantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O inquérito foi aberto na terceira semana do mês de dezembro, aberto após a Anvisa ter realizado a autorização da vacinação contra a covid 19 para crianças da faixa etária entre 5 a 11 anos, sendo o ponto inicial para a motivação das ameaças.

Ameaças a Anvisa

Foi realizada a abertura da investigação por parte da polícia federal do distrito federal para poder apurar as ameaças via rede social aos diretores e aos servidores da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. De acordo com a Polícia Federal, as diligências tiveram início.
No dia 20, segunda-feira, de acordo com uma apuração realizada pela TV Globo, os diretores da Agência receberam novas ameaças via e-mail. A ameaça para os integrantes e os funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária acontece desde o mês de novembro, porém, se intensificaram logo após a reunião no qual a agência realizou a autorização do uso das doses da vacina da farmacêutica Pfizer em crianças de idade entre 5 e 11 anos.

Divulgação de Nomes

Após a autorização da vacina, horas depois, o Atual Presidente Jair Messias Bolsonaro através de uma transmissão ao vivo em uma rede social para apoiadores do seu governo, ele contestou a decisão que foi tomada pela agência e continuou dizendo que tinha pretensão em divulgar os nomes dos diretores e do corpo técnico que tiveram participação e aprovaram a vacinação para as crianças contra a covid.

Apuração das ameaças

No dia 19, domingo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária realizou o pedido para apurar a auditoria das ameaças em ofícios encaminhados ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, ao Ministério da Justiça, à Procuradoria-Geral da República (PGR), à Polícia Federal e à superintendência da PF no Distrito Federal. Nesses ofícios, os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária alegaram que foram surpreendidos com as publicações feitas nas mídias sociais na internet de ameaças, além das intimidações e ofensas por causa da referida decisão técnica.
No pedido de investigação, diz:
“Esses fatos aumentaram a preocupação e o receio dos Diretores e servidores quanto à sua integridade física e de suas famílias e geraram evidente apreensão de que atos de violência possam ocorrer a qualquer momento”.
A Associação de Servidores da Anvisa e o Antônio Barra Torres, próprio diretor-presidente da agência, também repudiaram as ameaças sofridas pelo corpo técnico. Em uma nota divulgada pela sexta-feira, no qual nota essa assinada pelo diretor-presidente da agência e pelos diretores do órgão, a agência diz que está no foco e no alvo do ativismo político violento e que repele “com veemência” qualquer ameaça.
Foi declarado que:
“A Anvisa está sempre pronta a atender demandas por informações, mas repudia e repele com veemência qualquer ameaça, explícita ou velada que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias e o sustento de nossas vidas e famílias: o nosso trabalho, que é proteger a saúde do cidadão”.
Logo, em nota, a Univisa – a associação de servidores da Anvisa disse também “que repudia qualquer ameaça proferida contra o corpo técnico da Anvisa, bem como quaisquer tentativas de intervenção sobre o posicionamento da autoridade sanitária que não advenham do debate estritamente científico e democrático”.

Assim, na segunda feira, a ANPR- a Associação Nacional dos Procuradores da República, o Fonacate – o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado e a Conacate – a Confederação Nacional das Carreiras e Atividades Típicas de Estado, manifestaram apoio e solidariedade para a Agência e para os servidores.

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