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5G no Brasil e a Huawei

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Após encontro do ministro Sullivan com o presidente Jair Bolsonaro, a embaixada americana afirmou que os Estados Unidos “continuam a ter fortes preocupações na infraestrutura de telecomunicações do Brasil, bem como em outros países ao redor do mundo”.

A Huawei é uma companhia chinesa que já atua no Brasil e deve participar do leilão do 5G.

Em resposta, a embaixada da China no Brasil divulgou comunicado dizendo que:

“Seu verdadeiro objetivo é difamar a China e cercear as empresas
chinesas alta tecnologia com a finalidade de preservar seus interesses
egoístas da supremacia americana e o monopólio na ciência e
tecnologia. A esse tipo de comportamento que busca publicamente
coagir os outros países na construção do 5G e sabotar a parceria
sino-brasileira, manifestamos forte insatisfação e veemente objeção”

afirma a nota.

Comitiva liderada por ministro se reuniu com empresas do EUA para discutir 5G
Em junho, uma comitiva liderada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, e composta também por ministros do TCU e pelos senadores Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e Ciro Nogueira (PP-PI),
agora ministro da Casa Civil, esteve em Washington.
Eles visitaram empresas, como Motorola, IBM e Nokia, e se reuniram com integrantes do governo americano, incluindo membros do Conselho de Segurança Nacional, Departamento de Estado e Departamento de Segurança Interna.
A posição dos Estados Unidos a respeito do 5G é um dos poucos pontos em que a política da Casa Branca não foi alterada na mudança de governo de Donald trump para Joe Biden.
Os americanos continuam a pressionar o Brasil para que não permita mais a participação da chinesa Huawei no mercado nacional, embora ela esteja presente no País há 23 anos . Enquanto a embaixada dos EUA no Brasil foi sucinta ao tratar do tema 5G em seu comunicado, a representação chinesa no País fez uma longa defesa da Huawei, citando a criação de 16 mil postos de trabalho pela empresa no Brasil, e rebateu as acusações de espionagem afirmando que os americanos.

“Durante muito tempo, agências de inteligência dos Estados Unidos
conduziram, em grande escala e de forma organizada e
indiscriminada, atividades de vigilância e espionagem
cibernéticas contra governos, até mesmo dos seus aliados, empresas
e indivíduos estrangeiros, com graves violações da privacidade e da
segurança de terceiros”, disse a embaixada da China.
“Sem nenhuma base factual, os EUA abusam do seu poder de Estado
para difamar, por qualquer meio, as empresas chinesas de alta
tecnologia”

Seguiu.
A representação chinesa afirmou ainda acreditar que o Brasil fornecerá “regras de mercado em sintonia com os parâmetros de transparência, imparcialidade e não discriminação” para as empresas
no leilão do 5G.

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