Carreira

Semana de trabalho de 4 dias pode ter consequências inesperadas

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Semana de trabalho apenas com 4 dias é considerada o futuro da produtividade para os trabalhadores e a conciliação entre a vida pessoal e o trabalho. 

Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

Com a pandemia, o mundo do trabalho teve várias mudanças e gerando discussões sobre a semana de trabalho de quatro dias. Esse novo modelo de trabalho foi anunciado como uma solução para o burnout e o estresse profissional, empresas e até mesmo o governo estão experimentando essa nova ideia no mundo do trabalho. Já apresentando resultados que indicam possíveis benefícios, incluindo melhor equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal e aumento do bem-estar. No entanto, mesmo com um dia a menos de trabalho, a carga de trabalho acaba permanecendo a mesma. Logo, em muitos casos, é necessário compensar esse dia de folga com um aumento de horas trabalhadas nos outros dias. Dessa forma, o novo modelo em que a semana de trabalho tem quatro dias, pode trazer muitos benefícios, como também consequências inesperadas para alguns trabalhadores.  

O desenvolvimento o trabalho de quatro dias 

Essa nova discussão sobre a duração da semana de trabalho não é nada atual. Em 1926, a Ford Motor Company padronizou  a semana de trabalho de segunda a sexta-feira. Sendo que até o momento, a semana era de seis dias, somente com o domingo para descanso. Essa decisão foi tomada por Henry Ford, visto que tinha como teoria que os cinco dias de trabalho, com o mesmo salário, faria com que os trabalhadores fossem mais produtivos ao longo de uma semana mais curta. Essa teoria, em grande parte, foi comprovada como correta. Assim, a semana de trabalho de cinco dias se tornou habitual para as empresas. Em 1950, ocorreu apelos dos sindicatos de trabalhadores pela introdução da semana de quatro dias. 

No mês de março de 2020, um estudo da Gallup com mais de 10 mil trabalhadores americanos, demonstrou que somente  5%  tinham adotado semanas de trabalho mais curtas que o comum. Essa nova adoção de quatro dias continuou lenta até a pandemia, momento em que líderes  tiveram que reanalisar a questão, assim, gerando um grande crescimento de tentativas de redução da semana de trabalho. De acordo com Alex Soojung-Kim Pang, que mora na Califórnia, e é diretor de programas da ONG 4 Day Week Global, a pandemia mostrou para todos que podemos mudar radicalmente a forma como trabalhamos. 

Os modelos de trabalho 

Existem diferentes modelos da semana de trabalho de quatro dias, que podem ser definidos como eliminar um dia de trabalho, reduzir as horas e pagar o mesmo salário, bem como aumentar as horas nos quatro dias de trabalho, o que compensa um dia de folga para o empregador. Geralmente o objetivo dessa mudança é o primeiro caso, que pode ser atingido com uma mudança de ferramentas e práticas de operação, que resultam em um aumento de eficiência e maior bem-estar dos trabalhadores. Entretanto, se não houver um planejamento das mudanças operacionais, existe um risco de ocorrer a segunda opção e ter consequências inesperadas.  

Contras

A pesquisa Gallup apresenta impactos positivos e negativos sobre essa mudança na semana de trabalho. Afirma que o bem-estar dos funcionários aumenta e o burnout diminui com esse novo modelo, como a falta de comprometimento. Aqueles trabalhadores que já estão distantes da companhia ficam propensos a se afastarem mais, trabalhando menos dias. 

Planejamento Operacional

Com a opção de uma semana de quatro dias de trabalho adotada pelas empresas é necessário uma mudança no planejamento operacional. Pang afirma que, em vez de aumentar a pressão sobre os funcionários, com o intuito de que trabalhem com maior rapidez nos quatro dias, o cuidado no planejamento e preparação é fundamental para tornar o modelo de trabalho sustentável e benéfico para todos.

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