Carreira
Alesp anuncia aprovação do aumento de 20% no salário de servidores da Saúde e Segurança e 10% para os servidores das demais categorias, confira como fica o reajuste
O reajuste irá ocorrer para 540 mil funcionários públicos e terá um custo de aproximadamente R$ 5,7 bilhões por ano. O reajuste ainda seguirá para sanção do governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB).
Proposta do governador de SP foi aprovada pela Alesp nesta terça-feira
A proposta do governador de São Paulo, João Doria (PSDB) foi aprovada nesta terça-feira pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), a proposta prevê reajuste em 20% do salário dos servidores públicos estaduais da Saúde e da Segurança Pública.
Entretanto, os servidores públicos de outras categorias, como os que pertencem ao quadro de apoio escolar, administração penitenciária, pesquisadores científicos do estado, servidores das secretarias, da Procuradoria Geral e das autarquias estaduais terão um reajuste de 10%.
Vale salientar que a proposta abrange 26 diferentes classes e carreiras do Estado, o que contempla ao menos 540 mil servidores públicos.
A proposta foi aprovada por aclamação entre os deputados da Alesp, ou seja, sem necessidade de verificação das quantidades de votos a favor ou contrários à ela. Com a aprovação, agora o texto deve seguir para sanção do governador.
De acordo com a Secretaria de Orçamento e Gestão, o custo mensal para esta aplicação de reajuste é de R$ 424,6 milhões, o que corresponde a R$ 5,7 bilhões ao ano.
Apesar do valor, o governo afirmou que a despesa está em concordância com a Lei de Responsabilidade Fiscal e será arcada graças ao superávit financeiro alcançado no ano passado.
A promessa havia sido feita nas redes sociais pelo governador e o aumento foi esperado desde o início deste mês
O aumento para os servidores públicos foi anunciado pelo governador no início deste mês, com promessa realizada nas redes sociais, Doria prometeu que valeria para o holerite de março.
Entretanto, o anúncio foi realizado antes da aprovação do projeto pela Alesp. A assessoria de imprensa, ao ser procurada pela equipe do g1, apenas afirmou que o projeto previa que o pagamento seria feito de forma retroativa, somente após a aprovação dos deputados.
Em nota do Palácio dos Bandeirantes, foi afirmado que os servidores teriam seu reajuste salarial garantido para este mês de março, o projeto passava por detalhes finais e estava sendo encaminhado à Alesp.
Esta medida de reajuste contempla os servidores ativos, inativos e os pensionistas. Para ser sancionado, o texto apenas precisava ser votado e aprovado pelos deputados.
Confira abaixo o número de servidores públicos que devem receber o aumento:
- Forças de Segurança Pública: 276.364;
- Profissionais de Saúde 69.689;
- Servidores de outras categorias: 195.079.
O que totaliza 541.133 servidores públicos contemplados com o reajuste.
Reajuste salarial é um alento aos profissionais de Segurança Pública
Vale lembrar que o reajuste salarial é uma reivindicação antiga das forças de segurança. No ano passado, segundo o levantamento realizado pelo Sindicato dos Delegados de Polícia de São Paulo, foi apresentado que o salário dos delegados paulistas é o menor entre todos os estados e o Distrito Federal.
Na coletiva de imprensa, o governador defendeu o projeto como reconhecimento e agradecimento pelo trabalho realizado durante a pandemia.
Os profissionais da educação não foram incluídos nesta medida por conta do governo ter anunciado no ano passado um novo plano de carreira para os professores da rede estadual, de acordo com o vice-governador, Rodrigo Garcia.
Através de nota divulgada, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, o anúncio foi recebido como um alento para a classe policial e sendo justo o reajuste. Apesar de ter destaque o valor está longe de cumprir a promessa do governador de fazer a Polícia Civil a mais bem paga do Brasil, a recomposição está sendo bem recebida.
Entretanto, a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo afirma que apesar do reajuste, os policiais civis paulistas ainda estão entre os cinco piores salários do Brasil.